18 Comunidades de programação para mulheres devs
Existem atualmente dezenas de comunidades de programação com o objetivo principal de formar, empoderar e atualizar mulheres desenvolvedoras no Brasil. São grupos que se reúnem não apenas para compartilhar conhecimento na área de tecnologia, mas também para estreitar relações e promover encontros virtuais e presenciais. E porquê isso é tão importante?
A falta de crença em si mesmo, a dificuldade em ser reconhecida na área e a ausência de oportunidades para demonstrar que possuem capacidade para gerir pessoas e projetos são apontadas como algumas das principais razões da baixa presença feminina nas carreiras em tecnologia.
Além disso, a falta de incentivo para entrar e ocupar espaço em um mercado predominantemente masculino, e a premente necessidade de “provar” que o trabalho tem qualidade igual ao dos homens também representam grandes desafios enfrentados por mulheres que persistem na profissão como programadoras de software.
Essas lacunas têm sido preenchidas no Brasil por comunidades de programação para mulheres que buscam promover equidade de gênero e, consequentemente, transformar o mercado em uma área mais diversa e inclusiva. A Reprograma é uma delas.
“Acreditamos que o alcance dessas comunidades irá possibilitar impactar mulheres de todas as regiões do Brasil, especialmente no Norte e Nordeste, que fazem parte do nosso público-alvo. Para este trabalho, desde o segundo semestre de 2020 já mapeamos 59 comunidades de programação voltadas para mulheres, presenciais e virtuais, além de três personalidades da mídia que são importantes para a tecnologia brasileira, e onze comunidades voltadas às causas de mulheres trans que, assim como nós, lutam por igualdade de gênero e/ou raça no mercado de trabalho”, conta Cléo Almeida, Community Manager da Reprograma.
Além de oferecer um programa de capacitação com foco em empregabilidade, que conta com um time de professoras e mentoras, a Reprograma une forças com outras comunidades brasileiras que abraçam as mesmas causas.
Formação e mentoria
Passos semelhantes segue a comunidade Programaria. “Através de uma metodologia baseada em projetos, as alunes aprendem o básico da programação e terminam o curso publicando uma página web na internet. São 16 horas de formação, que contam ainda com tutoria, fórum, oportunidades de troca com outras alunes e principalmente criação de redes de apoio”, explica Mariana Pezarini, COO do Programaria.
O curso oferecido pelo Programaria conta ainda com um processo de bolsas gratuitas, para pessoas em situação de vulnerabilidade social, e termina com um módulo de “Carreira na Tecnologia”, no qual as alunes conseguem planejar os próximos passos na área. “Hoje, temos um curso disponível que já formou mais de 6.500 alunes. Até setembro de 2022, teremos mais dois cursos - um em primeiros passos no Backend e uma continuação do curso de Frontend que existe hoje”, comemora ela.
Já na WoMakersCode, as mulheres são convidadas a participar de programas de formação profissional, feiras de emprego, eventos e conteúdos digitais. Em março do ano passado, a comunidade lançou a plataforma EAD “Mais Mulheres em Tech”, onde oferece cerca de 100 horas de cursos gratuitos criados por mulheres especialistas em tecnologia e negócios, e com certificado digital. Os cursos contam com trilhas sobre Computação em Nuvem, Infraestrutura, Segurança da Informação, DevOps, Programação, Ciência de Dados e Inteligência Artificial.
Faça parte!
Conheça algumas das principais comunidades brasileiras para mulheres devs:
- Manas Digitais: Criada em 2018, a comunidade realiza práticas de caráter motivacional e informativo com alunas do Ensino Médio da região metropolitana de Belém do Pará, visando principalmente a equidade de gênero nas carreiras e cursos de Computação.
- Preta Nerd: Blog e LiveStream sobre cultura pop, nerd e gamer numa perspectiva feminista negra.
- Byte Girl: Criada em 2015, realiza encontros anuais, atingindo em média 400 participantes em um dia inteiro de programação com convidadas de várias regiões do país. A iniciativa também produz ações, palestras e encontros ao longo do ano em prol da presença feminina nas exatas.
- Developer Girls: A comunidade surgiu em 2016, a partir de uma competição de robótica na cidade de Campo Grande, onde foi a única equipe formada apenas por meninas, o que as motivou a desenvolver uma pesquisa sobre a participação de "Mulheres na TI".
- Technovation Girl BR: Technovation Girls é um programa do Technovation, que tem como missão capacitar meninas para identificar problemas da comunidade e criar soluções de tecnologia e engenharia que desenvolvam a liderança e habilidades criativas de resolução de problemas.
- Rails Girls São Paulo: Oferece oficinas de introdução à programação na linguagem Ruby
- Mulheres em IA: Promove aulas sobre Inteligência Artificial e Ciência de Dados
- WE Impact: Rede que faz investimentos em startups de tecnologia lideradas por mulheres
- PyLadies: Oferece oficinas de introdução à programação na linguagem Python
- Minas Programam: Promove encontros e oficinas de capacitação
- Programa Meninas Digitais: É um programa que faz parte da Sociedade Brasileira de Computação e possui grupos em diversas faculdades
- perifaCode: Comunidade de pessoas da periferia que falam sobre programação
- Elas Programam: Iniciativa de Silvia Coelho, Engenheira e LinkedIn Top Voice
- Manas Game Dev: Comunidade criada para incentivar a adesão de mais mulheres na área de desenvolvimento de games.
- Elas na TI: Comunidade criada para promover ciência, tecnologia e engenharia “delas para elas”
- Tecno Gueto: Promove educação gratuita com o objetivo de ajudar pessoas de guetos sociais a se inserirem no mercado de tecnologia.
- AfroPython: Movimento de inclusão e empoderamento de pessoas negras na área de Tecnologia da Informação.
- Wakanda Streamers: Iniciativa voltada a reunir, integrar e impulsionar a comunidade preta de gamers e criadores de games.