Seu currículo reflete quem você é como desenvolvedor?
Você pode ser master em C++, dominar Kotlin ou se destacar em Flutter, mas se o seu currículo tiver falhas, isso pode impedir você de alcançar o emprego dos seus sonhos. Se você não quer ser a próxima vítima do que comentamos acima, leia o que recomendamos aqui.
Vamos começar com um exercício de visualização. Você descobre a oferta ideal, se emociona, se imagina fazendo parte da empresa e envia imediatamente seu Currículo. Você tem muita experiência e conhecimento como desenvolvedor de software, então se considera a pessoa ideal para o cargo. Dias e semanas se passam e aquele e-mail odioso chega agradecendo por se candidatar, mas você não foi selecionado para a próxima etapa. Você imediatamente se pergunta, entre raiva e preocupação, sobre a causa. Você consulta o motivo e a empresa lhe diz sem anestesia: “Não fomos convencidos pelo seu currículo”.
Você sabe bem que domina o que é necessário, tenta apelar, mas a empresa tomou a decisão sem olhar para trás. Tchau. Seus sonhos se desintegraram como um arquivo ao formatar o disco rígido.
Esse exercício de visualização (ou melhor, a história) é mais frequente do que você pensa. Todos os dias milhares de candidatos com carreiras invejáveis perdem oportunidades de ouro por causa do currículo. Isso é particularmente doloroso entre aqueles em tecnologia e desenvolvimento de software que são especialistas em codificar programas inteiros, mas muitas vezes não sabem como “se vender” por meio de seu currículo.
Se você se identificou com o que comentamos acima, temos aqui várias dicas que podem te ajudar a fazer com que essa visualização tenha um final feliz.
1- Escolha um modelo adequado: Na internet e em vários programas existem muitos formatos para CV. Selecione o correto. Como? Se você tem muita experiência, opte por formatos que potencializem sua carreira, mas se você acabou de se formar ou não tem muitas empresas para citar, vá mais por um que coloque a lupa em seus projetos, treinamentos, etc.
2 - Faça o seu próprio marketing: Algo típico entre os desenvolvedores é que todos nós giramos em torno de linguagens e programas comuns: Java, HTML, Python, Angular, Rails... convencer o recrutador de que você é o melhor na mesma coisa que você faz. Como se destacar? Deixe-se levar pelo estilo do LinkedIn. Em vez de dizer que você testa aplicativos, diga que analisa o desempenho funcional dos aplicativos. Muda para procurar erros nos códigos implementando revisões de código. Use, na medida do possível, verbos no infinitivo (quando terminam em ar, er e ir).
3- Dados claros: A primeira coisa que o recrutador verá no seu currículo é o cabeçalho, pois ele vai querer saber quem você é. É por isso que você deve indicar seu nome completo, seu cargo ou perfil (Programador, Analista de Big Data, Desenvolvedor Web, etc.), informações de contato (telefone e e-mail. Não coloque e-mails como SuperGoku_2000@. Escolha um profissional, por favor), um link útil (LinkedIn, portfólio, GitHub, etc.) e sua foto (sempre a melhor).
4- Conte sobre você e sobre a sua vida: Compartilhe um pouco sobre sua história profissional, as empresas em que trabalhou, anos de experiência ou os projetos que desenvolveu. Indique também as ferramentas que você domina. Compartilhe um pouco sobre sua história profissional, as empresas em que trabalhou, anos de experiência ou os projetos que desenvolveu. Indique também as ferramentas que você domina.
5- Destaque sua experiência: Ao falar sobre sua carreira, concentre-se em trabalhos relacionados à vaga (se você quer ser Programador Sênior, não acrescente que há 10 anos você trabalhou na loja de roupas da sua tia). Ao mencionar cada experiência, faça nesta ordem: Cargo ocupado, empresa/projeto, início e fim (mês/ano), principais tarefas e aprendizado. Lembre-se do ponto 2.
6- Formação? Na maioria dos empregos, os recrutadores estão interessados na sua universidade, na sua licenciatura ou pós-graduação. Isso deixou de ser tão obrigatório nas vagas de desenvolvedor de software porque as empresas dão mais atenção à sua experiência ou domínio das ferramentas digitais. Recomendamos, em qualquer caso, indicar o mais marcante e recente (evite colocar aquele curso de culinária de 2010 se não tiver nada a ver. Lembre-se da seção anterior).
7- Cursos e certificações: Aqui é necessário falar um pouco mais. Liste tudo o que fortaleceu seu conhecimento associado (Google, Java, Angular, AWS), com seu ano e instituição que fez o curso.
8- Habilidades: Suas habilidades como desenvolvedor de software podem ser o principal, mas o recrutador estará atento a outros aspectos. Existem dois tipos: hard e soft skills. O primeiro tem a ver com sua experiência (programas, sistemas, etc.), enquanto o segundo anda de mãos dadas com você como pessoa (resiliência, comunicação, liderança, análise, resolução de conflitos etc.). Ambos são importantes. Um sem o outro complicaria sua escolha.
Além dessas recomendações, compartilhamos outras dicas mais variadas que você deve considerar:
9- Toque cromático. Em seu currículo, alterne cores para indicar alterações em seções, títulos ou similares. Procure o equilíbrio ideal: não preto e branco, mas não um festival de cores que assuste o recrutador.
10- Seja breve. Sintetize bem o que você vai dizer e como. Para nossos pais e avós, os currículos de cinco páginas com TUDO que fizeram eram perfeitos. Hoje não. Duas páginas é o máximo.
11- Imagine que o seu CV pertence a outra pessoa. Leia-o e pergunte-se honestamente se você escolheria a si mesmo com as informações compartilhadas.
12- Sempre atualize as informações. Se você alterou seu e-mail, telefone ou foto, modifique seu CV. O mesmo se aplica se você fez mais cursos.
13- Elimine o que você não te acrescenta. Nós já dissemos. Um recrutador para posições de software não estará interessado em saber que você é fã de filmes ou segue um time de futebol (a menos que a vaga esteja relacionada a eles).
14- Verifique a ortografia. Você pode ser infalível ao colocar parênteses ou colchetes ao programar, mas é tão importante fazê-lo ao se expressar. Tome cuidado com acentos, vírgulas, pontos e conjugações. Sempre verifique sua escrita, gramática e ortografia.